por Mi ♥, em 16.05.13
*a M.
Hoje é o dia em que não queria ter sido mãe.
É o dia em que olho para ela e penso "porque raio vieste tu complicar-me ainda mais a vida já complicada?".
É o dia em que tudo o que o meu cérebro pensa "era tão mais fácil não ter crianças por quem estar sempre a olhar, educar, desesperar..."
Em que eu acho que não tenho habilidade nenhuma nisto de ser mãe.
É aquele dia em que os meus sentimentos mais tenebrosos vêm ao de cima e eu acredito que "não quis esta bebé e nunca a vou aceitar plenamente".
É o dia em que me esqueço de todas as coisas boas e oiço apenas o choro, ininterrupto, que me deixa descontrolada.
Aquele dia em que acredito piamente que tu sentes que eu não te amo tão plenamente como uma mãe devia amar.
Um dia em que a razão se sobrepõe à emoção e ao sentimento e eu faço uma lista mental dos benefícios de ser mãe. E não encontro nenhum.
O dia em que acho que vieste estragar um pouco a nossa relação de perfeitos-imperfeitos, porque agora estamos os dois desgastados, stressados, sem conseguir concordar nos pontos mais importantes.
Hoje é o dia em que desejo ser mãe daqueles bebés de revista, ou de colos alheios, tão sossegadinhos, que dão beijinhos e abraços às mães, que obedecem, que não fazem birras e comem tudo. Que não lutam, lutam, lutam...
Hoje é aquele dia em que me sinto a pior pessoa no mundo, por ser aquele dia.
E é o dia em que escrevo para mim, não para ti. Porque tu só tens que saber o que acontece na maioria dos dias. E na maioria dos dias eu amo-te com um amor desmedido, irracional, cego, de Mãe. Mas hoje não.
E, mesmo que não saibas disso, desculpa-me. Desculpa ter sido esta a Mãe que te calhou... Merecias mais, meu amor... Muito melhor.
por Mi ♥, em 16.05.13
É óbvio que, quando
já se está atrasada de manhã porque um *qualquer* mini-ser decidiu ficar acordado até às 23h e na manhã seguinte não se queria levantar, esse mesmo
mini-ser vomita a cama com tosse e
dá uma palmada tão grande na colher do remédio que a mãe do mini-ser tem que trocar de roupa e tomar um banho "
à gato" (não há tempo para mais) só para não ir pegajosa de
Rhinathiol, porque
o cheiro isso já ninguém lhe tira...
Ah, as belezas da maternidade!